GRUPO DE ORAÇÃO NA ESCOLA 2009

GRUPO DE ORAÇÃO NA ESCOLA 2009
Reunião de oração no intervalo das aulas

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CEIA DO SENHOR, MOMENTO DE RECONCILIAÇÃO

“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor.” 1Co 11.27
Algumas denominações evangélicas celebram a Ceia do Senhor anualmente, outras mensalmente, uma ordenança de Jesus Cristo pouco antes de sua morte, num último momento de intimidade com seus discípulos. Transmitindo a idéia de que a Ceia do Senhor é um momento de intimidade entre o crente e seu Senhor.
Antes da Ceia, Jesus apanha uma bacia com água e uma toalha e sai lavando os pés de seus discípulos (Jo 13.5), alguns sacerdotes repetem essa prática em sinal de humildade. Ao tentar lavar os pés do Apóstolo Pedro, este se recusou a ter seus pés lavados por Jesus; todavia, Jesus disse que o que ele fazia agora seria compreendido somente depois (Jo 13.6.7) e adverte que se Jesus não lhe lavar os pés, Pedro não teria parte com ele.
A interpretação destes versículos nos levam a crer, em primeiro lugar, é que a Ceia é algo reservado apenas para os discípulos de Jesus; portanto deve ser uma cerimônia restrita aos salvos. Salvo melhor juízo, devem participar apenas aquele que já receberam Jesus como salvador. Em segundo lugar, podemos dizer que não se trata de um momento como outro qualquer, por isso não pode ser conduzido como um culto comum, mas como uma cerimônia especial e um cerimonial especial. Dirigido por uma liturgia diferente, é momento de intimidade, reservado para o encontro do noivo com sua noiva, momento de intimidade, único.
Em terceiro lugar, é momento de lavar os pés, pois é impossível viver num mundo pecaminoso, como uma roupagem humana pecaminosa e não pecar. Lavar os pés, em nosso entendimento, é limpar-se dos pecados, conforme a declaração de Jesus: “Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.” (Jo 13.10), é o momento de confessar pecados, pedir perdão aos irmãos e ao Senhor, para sair limpos do pecado, para mais uma jornada.
No verso 27 de 1Coríntios, podemos entender claramente que tomar a Ceia do Senhor em pecado é atrair condenação sobre si, no verso 28 há a recomendação de que se faça um exame; o que em nossas Ceias o dirigente do culto não propõe um momento de reflexão e conserto. Momentos de comunhão entre o homem e seu Deus, para um auto exame e, posterior pedido de perdão.
Aliás, na mente de muitos novos convertidos, a Ceia do Senhor é mais um culto, como outros tantos, nós não damos o real valor a este momento a sós com Deus. Podemos imaginar que no tabernáculo de Moisés, ao colocar as mãos sobre a cabeça do animal para a transferência dos pecados, o sacerdote oferecesse ao pecador, momentos para reflexão sobre suas práticas, como uma forma de que em outras ocasiões, evitasse repetí-las.
Acreditamos que nossas Ceias poderiam ser apresentadas a Deus com mais reverência, como um cerimonial a altura de uma Ceia do Senhor, com momentos de reflexão sobre nossos atos ilícitos, para coibir a prática; muito mais que isso, para que pensemos sobre nossos pecados, façamos a confissão para sua remissão, como nos alerta o apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda a maldade.” (1Jo 1.9).
Muitos crentes precisam ser alertados da necessidade de pedir perdão por suas falhas diante de Deus (1Jo 2.1), alertados de que são pecadores (Lc 17.3), alertados para não cometerem sempre os mesmos pecados e, principalmente, perdoar as ofensas recebidas (Lc 11.4). Para que possamos deixar a Ceia do Senhor com duas certezas: uma de que somos pecadores e a segunda de que Deus nos perdoa de todos os pecados. Amém.

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