GRUPO DE ORAÇÃO NA ESCOLA 2009

GRUPO DE ORAÇÃO NA ESCOLA 2009
Reunião de oração no intervalo das aulas

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CUMPLICIDADE NO RELACIONAMENTO A DOIS

“... e o teu desejo será para teu marido e ele te dominará.” Gn 3.16
Uma das maiores pedras de tropeço para o homem cristão é o adultério. Bárbara e Alan Pease escrevem em seu livro que a ordem dada por Deus de crescer e multiplicar, fez nascer no homem um instinto de predador, semeador da sementinha e na mulher a caça, o gerador da vida, por isso o homem é atraído pelo olhar, o predador encara a presa, mas a presa não encara o predador.
Paulo alerta em sua primeira carta aos coríntios no capítulo 7 a respeito da relação do casal e no verso 5 destaca que o casal não deve parar o relacionamento íntimo, a não por em concordância e ainda assim por um período curto de tempo. Porém, com o desgaste do relacionamento, por culpa do próprio casal, é comum a separação.
Isso acontece quando o casal para de namorar, namorar não significa ter relações sexuais, mas tirar um tempo a dois para conversar, falar das pequenas mágoas que se acumularam (lavar as roupas sujas), trocar idéias, carinhos e, principalmente, beijos e abraços. O ideal é que o casal tenha um dia da semana para desligar tudo e conversar, mesmo que pensem que não há assunto.
A mulher admira a gentileza do homem e este a sensualidade da mulher. É comum a mulher esbanjar sensualidade fora de sua casa e o homem esbanjar a gentileza com outras mulheres, mas ambos negam a seus cônjuges aquilo que lhe é devido. Quando namoram sempre reservam momentos de intimidade, porque não conservar estes momentos após o casamento?
Entre a sensualidade e a promiscuidade existe uma linha tênue, um pequeno excesso na sensualidade e o ato se torna promíscuo, isso inibe a maioria das mulheres de tomar algumas atitudes na intimidade do casal, temem serem comparadas a prostitutas. Por isso, algumas mulheres se reservam e se limitam nas relações íntimas do casal, tomando uma posição passiva com medo de, ao tomarem iniciativas, serem mal interpretadas. Cabe ao homem ajudá-la nestes assuntos, principalmente nos momentos de conversa a dois.
Adiciona-se à relação a dois os preceitos cristãos que, indiretamente e por falta de conhecimento daqueles que ensinam, acabam engessando o sexo e limitando-o a superficialidade. Tornam o sexo abominável e destinado apenas à procriação, coibindo o prazer que o sexo pode proporcionar ao casal. Em alguns casos extremados, existem regras para a relação sexual do casal e limites para os carinhos entre quatro paredes.
É um assunto onde não há concordância de todo o segmento cristão; todavia, independente das interpretações, o que mantém a estrutura do casamento são os momentos de intimidade e cumplicidade do casal, se o casal não possuir momentos de intimidade para conversar, trocar carinhos e se separarem do mundo, dificilmente a relação se sustenta. Ela ficará condenada a uma convivência de amigos (o que é pecado) ou tem a tendência da traição ou do divórcio.
Curso para casais pouco ou nada resolvem, não adianta mostrar a postura do masculino e do feminino na relação se não houver a cumplicidade do casal. E isso nenhum curso pode ensinar, o casal precisa se isolar, estar juntos, mesmo que seja com as portas do quarto fechadas. Os filhos não são desculpa, eles devem saber e respeitar que seus pais precisam desses momentos até mesmo para diminuir próximo de zero as brigas e discussões acaloradas.
Os problemas do casal devem ser resolvidos pelo casal e entre as partes, levar problemas para fora da intimidade, pode ser um caminho curto para envergonhar uma das partes e provocar um esfriamento e a relação deixar de ser uma relação de amor e passar a ser uma relação de amigos, o que fatalmente irá desfechar em adultério.
É o que alerta Paulo no verso 5 de 2coríntios 7, o diabo não vai perder a chance de derrubar um dos dois se houver incontinência no casamento. Começar com um conversa a dois é o primeiro passo para reviver um casamento adormecido, ou fazer um estudo de 2Co 7 a dois. Felicidades.

domingo, 25 de dezembro de 2011

DEUS A DELIVERY

“Não terás outros deuses diante de mim.” Dt 5.7
Aquele conceito de que Deus é único e eterno não é válido em nossos dias, hoje temos deuses de todos os tamanhos, cores, modelos e para todos os gostos. Onde quer que você esteja, basta um simples telefonema e o serviço de Deus a delivery leva até você.
Isso torna compreensíveis as palavras de Jesus: “se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria.” (Mt 24.22). As interpretações de Deus se multiplicam e em cada esquina surge uma nova igreja, como novas revelações, novos mandamentos e novas visões, e o mais incrível é que tudo foi uma revelação da divindade.
Tomar sua cruz a cada dia, negar-se a si mesmo ou no mundo ter aflições é coisa ultrapassada, o que impera agora é parar de sofrer, ser próspero e viver o reino de Deus aqui na terra. Jesus não morreu para nos dar a eternidade, foi para nos dar à contemporaneidade, o aqui e agora. A eternidade se vê depois.
Buscar Deus para encontrá-lo, também caiu de moda. Deus vai onde você está, você é tão importante para Deus que o próprio Deus perdeu sua importância. Eu determino e Deus faz. Se eu der, Deus tem que me dar.
As coisas que Deus me dá como vida, ar, alimentos, vestimentas e abrigo são supérfluos, agora Deus tem que me dar muito dinheiro, muita saúde, carro importado, empresa, mulher bonita e filhos lindos. Inverteram-se os caminhos, não busco mais a benção através da obediência, ela me alcança através dos dízimos e ofertas, sou pecador mesmo, então que malfaz um pecadinho aqui outro ali?
Os meus louvores e adorações ameaçam Deus em suas letras, não enalteço ou engrandeço a Deus, não louvo suas qualidades eternas e canto seus feitos aos homens; eu o lembro sempre que tenho que ser abençoado, que existem promessas feitas na bíblia, mas jamais me curvo diante de sua majestade, afinal sou muito importante para Deus e sem mim como Ele pode ser Deus?
Se eu for pastor, então, atingi meu ápice. Automaticamente me intitulo homem de Deus e tudo o que falo, penso ou sinto é inspirado no Altíssimo, critico a infalibilidade dos outros, mas exalto a minha. A bíblia é apenas um parâmetro, pois a verdade me é revelada diretamente do próprio Deus, mesmo que seja absurdo, ridículo ou medíocre minha atitudes. Não mais o testemunho que faz o cristão, mas suas palavras, se você diz que é de Deus, então você é de Deus, mesmo estando cometendo abominações diante de Deus.
De tudo que está escrito na bíblia, somente as promessas tem valia, os mandamentos e princípios não devem ser observados, a única paridade que deve ser levada em consideração é dinheiro igual à benção. Todo o resto pode ser desconsiderado. Estabeleceu-se uma grande fila e uma hora a sua vez vai chegar, você não morre até lá fique despreocupado.
O evangelho que é pregado deve ser examinado, muitas vezes precisamos ouvir coisas que não gostamos, são as críticas que nos ajudam a melhorar. Pecado é pecado e não deixou de ser pecado. A graça de Deus para o homem é a vida eterna não a temporal, a aflições virão, “basta a cada dia o seu mal”, as promessas de Deus é renovação de forças, paz diante das aflições e presença em todos os momentos.
“Se alguém ensina outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe,..., aparte-te dos tais.” 1tm 6.3 e 4
Conheço uma música que diz: “laranja madura, na beira da estrada, ou está bichada Zé ou tem marimbondo no pé”, somos importantes para Deus; no entanto, sem nós Deus continua sendo Deus. Examine sua fé, os princípios, quem está recebendo o louvor? Quem é senhor e quem é o servo na relação homem-Deus? “E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas.” Cl 2.4 (Mt 24.4; Mc 13.5; 2Ts 2.3; Ef 5.6; 1Jo 3.7 e Cl 2.8). Esteja alerta, cristão!